segunda-feira, 23 de março de 2009

PÉROLA NEGRA DO BRASIL

















4 comentários:

Anti Cinema disse...

Tamo junto familia! Bela homenagem a nossa rainha mãe negra. A mais Feirinha da Pavuna que se divide de certa forma se estende até São João. Tamo junto ai Coletivo Anti Cinema.

Rodolfo Caruso disse...

Que ótima noticia a chegada de um novo espaço democrático para a cultura carioca. Uma justa homenagem para Jovelina.

Salve Jovelina imortal
é nossa a lona cultural
pérola negra da Pavuna
expressão e arte
alcançando o espaço Sideral.

um abraço aço aço
Rodolfo

Olhar feminino disse...

Mais um espaço cultural doando ao Rio esta mais que justa homenagem.
Salve Jovelina.
Salve nossos trabalhadores incasáveis, operários culturais, que teimam em resistir mais e mais.
Grande abraço a todos,
Parabéns pelo espaço e pelo brilho, tão necessário à nossa gente e cultura.
Euridice Hespanhol

Anônimo disse...

A Lona e Ética: Eleição e Poder



A Secretaria Municipal de Cultura mantém em relação à Lona Cultural Jovelina Pérola Negra uma posição de ambivalência perniciosa. No último evento, promovido por esta entidade, na Praça do Pipi-Popo, com vistas à celebração do início das obras, equivocadamente manifestou-se no palco o rapper Jovem Cerebral, em discurso aos presentes no evento, lamentando que a Lona não fosse construída ali naquela Praça, porque a Prefeitura decidiu beneficiar a Praça Ênio, de modo miraculoso.



Isto não é uma verdade.



A Praça Ênio, favorecida por sua localização, situada em região plana, com acessos pelas principais vias rodoviária, ferroviária e metroviária, parecia fadada a abrigar o projeto que encontraria dificuldades se encampado, como disse o rapper Jovem Cerebral, para ser levado a este outro ponto do bairro, situado em um lugar com difícil acesso. O que não o desmerece, porque se situada à Praça Ênio, a Lona servirá aos interesses dos bairros adjacentes como da cultura em geral.



A ambivalência da Secretaria Municipal de Cultura se deve ao período eleitoreiro. Os postos políticos pertinentes a manutenção da estada de determinados indivíduos em nichos estratégicos, dependem de reeleição. Portanto, na figura daquele que a coordena, talvez o subsecretário de cultura o poltico Mario Del-Rei, sua movimentação se orienta pelo número de votos que pode ser angariado para a realização da manutenção do modus operandi da máquina municipal, ignorando até mesmo créditos aos organizadores da luta para vinda desse espaço de lazer e recreação a este último bairro do Rio de Janeiro. Se não se pode identificar nisso má-fé, como podemos denominá-lo?



A aliança de Mario Del-Rei, nesse período, com oportunistas que visam rivalizar a paternidade da Lona Cultural Jovelina Pérola Negra, é utilitarista, porque promete aquilo que não poderá cumprir: dar a paternidade deste projeto a outrem com vistas ao favorecimento de sua base eleitoral. Este artigo é um questionamento sobre a integridade, a conduta ética de uma discussão que ultrapassa as questões políticas, atravessa o campo pessoal e atinge em definitivo o campo social, porque não se pode abrir uma guerra campal sobre a possibilidade do enriquecimento cultural da região e não pode desviar a questão para interesses puramente eleitoreiros.



O evento ocorrido ontem (29/08) transparece a moral maquiavélica instalada em nossos políticos provincianos de que para se atingir ao poder vale qualquer aliança e também a distorção dos fatos. A Lona Cultural Jovelina Pérola Negra se posiciona a favor da comunidade, mas contra os alpinistas políticos, aos aproveitadores e detratores daquilo que é o cerne de seu projeto: a inclusão de uma região no mapa da cidade. Eliminando o desvio histórico e geográfico cometido pelas elites do Estado e pelos políticos utilitaristas.



Mesmo com discrição, acompanhamos as movimentações perversas em torno deste novo espaço, mas que já rende tantas polêmicas, mesmo sem ter sido de fato construído.

GRUPO CULTURAL